Vivemos em um país com um total de 190.732.694 habitantes ( IBGE – Censo 2010), neste Brasil de Brasileiros e de Brasileiras, onde pessoas estão nascendo, morrendo, em busca por um emprego. Crianças iniciam sua carreira acadêmica ao entrar na escola, de outro lado temos jovens saindo da faculdade, formados em busca de um emprego para colocar em prática os conhecimentos que acumularam nos anos de formação nos quais ficaram se preparando.
Em meio a todos esses percalços os professores são corresponsáveis pela formação destes milhares de brasileiros e brasileiras, que se tornarão parte de uma vida em sociedade e possivelmente exerceram seus diretos como um cidadão de bem, ou até mesmo deixando de exercer seus direitos, também o farão com cidadania pois em tudo há uma formação, que pode ser para a transformação do homem, não reduzindo-o as suas atitudes.
Os professores são responsáveis pela formação profissional de: médicos, engenheiros, advogados e por aqueles que por direta ou indiretamente evadiram-se da carreira, e por outros tantos milhares de profissionais que fazem parte de nossa sociedade.
Mas será que os professores avaliam a dimensão social, politica econômica, cientifica de seu fazer pedagógico? Esse devir educacional existe? Essa reflexão faz parte da prática de todos os profissionais da educação? Esses mesmos profissionais acreditam na dimensão de que são eles que formam nossa sociedade? Esses trabalhadores tem consciência que milhares de pessoas neste país precisam deles, para aprender e apreender, quase tudo que vão levar para o resto de suas vidas, veja bem formação, passagem acadêmica por sua excelência, e relações humanas, com a priori de formar gente!
Quando digo formação humana me refiro as preocupações com seu futuro em relação as decisões com o meio ambiente e com tudo que o cerca, como coparticipante das decisões diretas e indiretas, que de uma forma ou de outra lhe afetam.
Hoje faço a você profissional da educação esse questionamento: Você está preocupado com o futuro da sociedade, com as relações que você instruiu como corresponsável na formação social, da ética, do respeito ao ser humano para a convivência harmônica de seus pares?.
Mas, mudemos de assunto, porém não de menor importância.
Como está seu relacionamento com a bem mais valia mensal que recebe a cada mês?...
Você escolheu uma carreira que o foco e a formação humana, gerenciada pela academia forense gente, onde a experiência com o outro nos revela, o docê e amargo exercício de sermos cientista sociais e cobaias em prol da humanidade. Você dorme tranquilo todos os dias com a sua consciência, de realização de trabalho bem feito? Ou passou as horas de trabalho do labor profissional olhando seus acadêmicos reproduzindo cópias, ou até mesmo para alimentar o seu ego passou continhas para preencher o horário e ficou a alimentar o Narciso que existe dentro de cada um ser humano.
Professor seu bem valia diminuiu durante o seu percurso profissional? As mazelas de quantos acadêmicos? Foram revertidas? Os percentuais daqueles que passaram por suas aulas foram de maior numero de amenizações das desigualdades sociais, ou os percentuais continuam os mesmo de sua carreira?
Vejamos... a educação e o farol que norteia para a diminuição das desigualdades sociais isso e fato!
Façamos uma conta inversa, o médico quando erra, ele mata um de cada vez, o atendimento dele em média por dia segundo o COREN deve ser de 40 pessoas.
Você professor trabalha com uma média que vai de 25 a 35 universos diários, quantos destes você vislumbrou seu discípulo? ou não plantou nenhuma semente de transformação!, aniquilou sonhos? Plantou desesperança na educação?
Todos os dias somos únicos e em cada dia somos capazes de reescrever a nossa história, e a daqueles a quem nos é confiada com renovada esperança de dias melhores. A educação que temos hoje, não contempla a escola dos nossos sonhos, mas é a possível, e com todos os avanços e tecnologias, não foi capaz de derrubar índices de analfabetismos, que veem desde 1920 e são perpetuados até hoje.
Essa conta quem paga?
Os filhos daqueles que com a alma esperançosa confiaram a você um tesouro bruto que deveria ser lapidado para brilhar na avenida da vida, mas, entretanto professor tenho algo mais a lhe dizer.
Você esta se preparando com o seu Salário?
É claro que se você tem a responsabilidade de formar pessoas, você automaticamente quer ganhar um salário digno, por ser alguém tão importante para a formação de uma sociedade justa e fraterna, você almeja um salario a contento de suas necessidades, e pela sua importância na vida de muitas pessoas.
Mas e a Educação como anda? Você realmente esta preocupado com o futuro de nossa geração?
A geração, que você forma com a qualidade comprovada nos índices do IBGE, onde aparece um grande numero de brasileiros e brasileiras marginalizadas pelo não acesso a bens e serviços, tendo em vista que faz parte de uma mão de obra desqualificada que não é possível arrumar trabalho.
Aonde esta meu Deus a EDUCAÇÃO?????
Com a formação de profissionais que venha realmente fazer a diferença em nossa sociedade. Se eu te perguntar para você professor: Que musica você ouve? Que arte você aprecia? Que filme você assistiu recentemente? Que livro você esta lendo? Que literatura você me recomendaria?
Temos índice de aprovação muito elevado com a não reprovação dos alunos, aprendendo ou não o aluno e promovido de um ano para outro, e de quem é a responsabilidade professor, o que tem feito para mudar este cenário nessa relação de formar profissionais com uma formação despreparada em qualidade de conhecimento e relações com o outro e tantos outros que evadem com a sua permissão.
Quando foi que você investiu parte do seu salário em capacitação para melhorar seu conhecimento, ou quando foi que você comprou um livro?
No Brasil atualmente vem sendo discutindo as Relações Étnicos Raciais, a lei 10.639/03 (Educação das Relações Étnico- Racial para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira E Africana) que vem completar a Lei de Diretrizes e Base da Educação 9394/98 de Darci Ribeiro, há 08 anos foi criada para reparar um erro com a raça negra no passado, e que passou a ser obrigatório colocar nos currículos escolares.E você professor qual mecanismo está usando dentro de sua sala de aula e no seu ambiente de trabalho para minimizar o preconceito existente há milhares de anos?
E agora em nosso pais trabalhar a diversidade e gênero dentro do ambiente escolar é imprescindível para o respeito mutuo com as varias diversidades de gêneros que convivemos diariamente em nosso meio principalmente dentro da escola onde ela reproduz em um ambiente micro o espaço da coletividade social.
Fazer um cadastro na internet alem de perguntar se seu sexo é masculino ou feminino ainda se pergunta: Qual sua orientação sexual, obrigatório a responder e com as seguintes opções: Bissexual, Gay, Heterossexual, Lésbica, Transexual, Travesti e Outros.
E você professor qual sua postura diante desta enorme diversidade de gênero que você é obrigado a conviver diariamente? Mas em meio ao caos que vivemos a nossa educação e nesta frenética busca por uma qualidade de ambiente de trabalho melhor, salário digno, temos aqueles professores que dão o melhor de si, que exerce a sua profissão com dedicação e esmero, com afinco para uma educação de qualidade pelos menos para os seus alunos, que criam estratégias para que os mesmos, aprendam de uma forma melhor, são profissionais preocupados com um sociedade justa, igualitária e fraterna, no qual teremos profissionais que venha fazer a diferença, e tenho certeza de que quando alguns destes profissionais estiverem lá no topo a brilhar, eles vão se lembrar daquele professor que fez a diferença em sua vida.
Sorte vai ser de quem passar por uma sala de aula de um professor deste que ensina com amor a profissão a faz com esmero e afinco, em suas estratégias e faz a diferença.
Temos que creditar aos professores que fizerem possível esse prenuncio filosófico, tendo em vista a quantidade de analfabetos funcionais que a educação coloca no mercado, pois sei que foi pelo comprometimento com uma mbudança social, que o fizeram dar o melhor de si e com isso nos foi possível, olhar e enxergar, ouvir e escutar, pois foi através de uma prática responsável com o homem que foi possível reagrupar o alfabeto e dar-lhe sentido neste texto que ora se faz um desabafo e ao mesmo tempo consagrar aqueles que no tempo ao seu tempo não fora dado o merecido valor.
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/educacao-salario-4812146.html
Perfil do Autor
Luzia Rodrigues Arruda- Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia Institucional, Professora das Séries Iniciais
Vânia Chambó – Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional Cursando Administração Publica pela Universidade de Mato Grosso Unemat, Técnico em Multimeios Didáticos.