ESCOLA DOM HÉLDER CÂMARA

ENTRE E SEJA BEM VINDO!!

quinta-feira, 31 de março de 2011

PASLESTRAS SOBRE DST´S


Aconteceu na Escola Dom Hélder Câmara no dia 03/03/2011 uma palestra sobre as DST´S, com o palestrante Dr. Bolívar Alejandro, médico do PSF, CESP, localizado próximo a escola. Em sua palestra Bolívar falou das inúmeras doenças sexualmente transmissíveis, do uso adequado da camisinha, da gravidez indesejada. A apresentação foi feita através de data show com slaids de varias doenças transmitida pelo ato sexual, no qual deixou os alunos dos 9° anos muito impressionado com as fotos visualizadas, no final da palestra ele ensinou de uma forma lúdica o uso correto da camisinha e também foram tiradas as duvidas dos alunos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

NAÇÃO QUE ME AMA?

Quanto tempo ainda teremos que viver nestes Brasis, onde os índices de analfabetismo, da falta de acesso a qualidade de vida demonstram uma desigualdade, que não é ao acaso, mas fruto de uma doença que exclui, impossibilita, nega, mutila os sonhos de brasileiros e brasileiras, que com a força de seus braços ergueram este país, onde nesta sociedade, que se declara igualitária, mas defende com a alma e discursos efêmeros seus postos, e em detrimento do mito de uma democracia racial brasileira, temos uma conta paga como o IBGE demonstra: • Em 2006 de 14,4milhões de analfabetos brasileiros mais de 10 milhões eram negros e pardos. • A taxa entre jovens de 15 anos de idade ou mais foram de 6,5% para brancos e de mais do que o dobra 14% para negros e pardos. • A taxa de analfabetismo funcional segue a mesma diferença para brancos 16,4% para negros, 27,5% e para pardos 28,6%. • No campo de trabalho temos diferenças históricas de discriminação racial, segundo o IBGE, brancos ganham 40% a mais do que pardos e negros com a mesma escolaridade. • Negros e pardos representam 73% da população mais pobre do país e 12% entre os mais ricos. Esta e a geografia humana brasileira, que segundo relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU senhor Doudou Diène em seu relato para as Formas Contemporâneas de Racismo e Discriminação ele diz: "quando o mapa da organização social e política coincide com o mapa das etnias marginalizadas, é sinal de um racismo estrutural profundo". Nessa visão temos uma constituição que assegura a todos a igualdade de uso e direitos, a todas e todos aqueles que nascem em Território Brasileiro, a mídia vive a ladear, uma democracia, em que todos tem acesso aos bens materiais e imateriais dessa nação, mas o que vemos nesses últimos 123 anos é a dominação do homem sobre o homem. Sobre o fato, da liberdade que os livros alardeiam que a princesa deu a liberdade, mas o que realmente ocorreu foi uma conquistada, mas não sem perdas, tendo em vista que foram várias lutas e muitas vidas ceifadas. Nesse pais que em nome da igualdade, se pratica a mais cruel desigualdade, promovendo assim um sistema que até mesmo aquele que sofre com as desigualdades, não se vê, como vitima do não acesso e a inexistência de políticas de inclusão, tendo em vista que o mesmo não participa das discussões por estar alienado ao sistema que o excluiu. País onde gritam a todos os cantos somos todos iguais, mas o que realmente ocorre, nesse pais, e um mito de uma democracia racial, onde temos um racismo velado que através da negação, das contribuições e resistências, dos negros ao sistema escravocrata que para cá foram trazidos, traz, mais prejuízos, a composição de memórias dos brasileiros e brasileiras, afrodescentes, e afro-brasileiro, tendo em vista, que temos um país onde as ruas, são negras, seu e alicerce é negro, e a mídia é branca, e todo o referencial de beleza, inteligência e bravura pertence a classe que domina os meios de comunicação, sejam eles visuais ou não. Assim os filhos daqueles que ergueram esse país vão para a escola, mas a escola não lhe apresenta a verdadeira história de seu povo, nega-lhe uma representatividade positiva, onde ele se sente inferior nas contribuições humanas e realizações históricas, desse modo segue sua carreira acadêmica cheias de tropeços. Se faz necessário que este desconstrua o mito democrático racial, para que o negro se reconheça, para poder tomar posse de seu lugar ao sol, temos índices que demonstram uma população negra de mais de 50%, e onde estão esse povo? Não vemos, esse povo representado nas esferas políticas, econômicas, cientificas, sociais, mas sim índices que confirmam, um racismo brasileiro onde a geografia da pobreza coincide com os maiores números de pretos e pardos a margem da sociedade. Brasileiros conheçam, sua história e façam como seus antepassados, acrescente a sua luta de liberdade, a realização dos sonho daqueles que deixaram um legado inestimável, a do exemplo, da resistência, que mesmo em terras estranhas, pacificaram quando houve tempo de paz, guerrearam, quando lhes deram um combate, negociaram quando fora necessário, silenciaram mas não se calaram, pois foi no silencio que travaram talvez a sua maior luta, a de guardar sua cultura, seus valores, que embora o tempo seja infalível, se faz possível conhecer seus heróis e suas vitórias, que a literatura comumente apresentada a população brasileira não relata, mas sobreviveu na memória de seus guardiões. Mas se o imaginário brasileiro fosse construído sobre alicerces de respeito teríamos um Brasil, realmente onde todos teriam seu valor reconhecido em suas manifestações individuais, como representação do coletivo, e a geografia desse país seriam mais humanizadas, não apresentariam tantas mazelas para uns em detrimento da marginalização de outros.


POR: LUZIA RODRIGUES ARRUDA

Professora do Ensino Fundamental dos anos inciais

Peixoto de Azevedo - MT